Excentricidade
Nesse fazer, mania
De não parar o dia
Até quando cansar,
Metrônomo que pia
O som da companhia
Nos ouvidos do lar
E faz a correria,
E a pausa a melhorar.
É um blog com artes e contos, crônicas, comentários, imagens e, arteiros em geral
Excentricidade
Nesse fazer, mania
De não parar o dia
Até quando cansar,
Metrônomo que pia
O som da companhia
Nos ouvidos do lar
E faz a correria,
E a pausa a melhorar.
Dinâmica
Para me refazer,
Não fazer, contrassenso
Que acato quando penso
N'algo pra me aquecer,
Dinâmica de ser
Sem que seja esse o imenso
Esforço do não intenso,
Mas também não esquecer
De ver o entardecer
E a linha por extenso
Nesse azul que é pretenso,
E que vai esvanecer
Até que o amanhecer
A refaça no lenço
Da névoa do bom senso,
E acordar por fazer.
Inteligência Artificial? Crônica do Cotidiano
Não que seja para rir, mas é.
A amiga de um parente próximo veio fazer visita.
Conversa vai, conversa vem, eu reclamei da falta de pessoas para atender o telefone no Serviço de Atendimento ao Consumidor e na facilidade com que diversos telefonemas de marketing acontecem no dia a dia.
Eu não sabia que ela era a responsável por um departamento de I.A.- inteligência artificial.
Eu tinha recebido diversos telefonemas e mensagens para que aproveitasse algumas promoções.
Na semana passada tomei a decisão de ir até a loja e perguntar sobre a promoção para desfazer qualquer mal entendido que tivesse causado naquela conversa.
Cheguei na loja e perguntei sobre preços e sugestões da empresa, e com tempo para conversar.
O atendente fez diversas sugestões e gostei de uma das sugestões, ao que, solícito buscou os dados para me repassar.
De repente um cheiro de café quente e recém passado chegou ao meu olfato.
_Que cheiro bom. A cafeteria é próxima? Perguntei.
Era a colega dele que tomava o café.
O atendente pediu para que eu o aguardasse um momento.
Pegou um copo de café para ele e trouxe um para mim, perguntando se eu gostava de muito açúcar ou pouco açúcar.
Chegou mais um colega, rindo, e sem café.
Conversávamos e tomávamos café numa reunião informal e divertida, todos rimos.
O atendente se divertiu com a situação quando eu perguntei dos telefonemas.
_Esse é o departamento da inteligência artificial. O pessoal do marketing toma água para hidratar a garganta.
E nós, café, agradeci.
Agora nem sei se elogio a Inteligência Artificial ou a cortesia com que recebi aquele copo descartável com café e pouco açúcar e a conversa animada cheia de promoções.
Grata pela leitura.
Poncho
Desta vez,
Tudo certo.
Longe e perto
Sou freguês;
Geada perto,
Me conserto
Sem talvez,
Me acoberto.
Uma Pitada de Humanismo
Vontade de correr
Que é apenas a vontade,
E a vontade do ser
É sem serenidade,
A real, a de acontecer
Como tranquilidade
A escolher e escolher,
Quando é especialidade
Que só o outro pode ver
Com literalidade,
Pois somos mais que um ser,
Espelhos de se ver.
Decorar
Decorando o compasso,
É a música esse tempo
De bem estar escasso,
De varanda ou terraço
De um só contentamento
Quando se faz espaço
D'alma, desembaraço
De mim, ensinamento.
Desligada
Tenho o tempo
Para o nada,
Esse nada
Pensamento
De fachada,
Descansada
Com o tempo,
Desligada.